Processo por erro médico: Quando entrar com uma ação e quais são os seus direitos

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20/05/2025 11 minutos de leitura
Processo por erro médico: Quando entrar com uma ação e quais são os seus direitos

Fonte: Freepik.com

Se você desconfia que foi vítima de erro médico, este artigo reúne as principais orientações para entender seus direitos, saber quando entrar com ação e quais indenizações podem ser pedidas.

Leia até o fim e tire suas dúvidas!

Quando o paciente pode pedir indenização por erro médico?

O paciente pode pedir indenização por erro médico quando sofre prejuízos em razão de falhas cometidas por um profissional de saúde durante a prestação do atendimento.

Isso inclui situações de negligência, imperícia ou imprudência, que resultam em danos físicos, emocionais ou financeiros.

A legislação brasileira exige a comprovação de três elementos: a conduta inadequada do médico, o dano à saúde do paciente e o nexo causal entre eles.

Quando esses critérios estão presentes, o paciente tem o direito de buscar reparação na Justiça.

Prazo para entrar com ação e o que a lei exige

De acordo com o art. 27 do Código de Defesa do Consumidor, o prazo para entrar com ação por erro médico é de 5 anos, contados a partir da data em que o paciente teve ciência do dano.

É fundamental reunir documentos, laudos e exames que comprovem a falha para fundamentar o processo.

Quais tipos de indenização podem ser pedidos na Justiça?

Em casos de erros médicos, o paciente pode pedir diferentes tipos de indenização, a depender do caso, da gravidade do dano e da forma como o ato médico foi conduzido.

A Justiça avalia o procedimento médico, o resultado obtido e se houve desvio das boas práticas da medicina.

Quando comprovado o erro e suas consequências, o paciente pode ser reparado financeiramente.

As indenizações têm como objetivo compensar os prejuízos sofridos e reafirmar o respeito à saúde e à dignidade do paciente.

Danos morais, materiais e estéticos: o que pode ser cobrado?

  • Dano moral: por sofrimento físico ou psicológico, angústia, humilhação ou perda da qualidade de vida.

  • Dano material: reembolso por gastos com novos tratamentos, medicamentos, transporte, cirurgias ou afastamento do trabalho.

  • Dano estético: quando o erro médico gera alteração permanente ou visível na aparência, como cicatrizes ou deformidades.

Cada problema será analisado de forma individual, considerando o impacto direto do erro na vida do paciente.

Quanto o paciente pode receber de indenização por erro médico?

O valor da indenização por erro médico varia conforme a gravidade do caso, o impacto à saúde do paciente e a conduta do profissional envolvido.

A responsabilidade médica é avaliada de forma individual, considerando o tipo de erro, a extensão do dano e as provas apresentadas no processo.

Não existe um valor fixo, mas a Justiça costuma aplicar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade para definir a compensação.

Exemplos reais de valores já pagos por decisões judiciais

Cada situação é única, e contar com orientação jurídica especializada é essencial para calcular corretamente os prejuízos.

Erro em cirurgia: qual valor pode ser pedido e com base em quê?

​O valor de uma indenização por erro em cirurgia varia conforme a gravidade do dano, a conduta do médico e as consequências para a saúde do paciente.

A responsabilidade médica é avaliada com base no Código de Ética Médica, que exige que o profissional atue com diligência, perícia e prudência.

Quando há falha nesses deveres, e o paciente sofre prejuízos, é possível pleitear indenizações por danos morais, materiais e estéticos.

  • Em um caso julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, foi mantida a indenização de R$ 315.010,00 por danos morais a familiares de uma paciente que faleceu devido a erro médico durante uma cirurgia laparoscópica.

  • O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou o Distrito Federal a indenizar uma paciente que teve uma gaze esquecida no abdômen após cirurgia, resultando em nova intervenção e sofrimento.​

  • Em Minas Gerais, um jovem que perdeu um testículo por erro médico foi indenizado em R$ 25.000,00 por danos morais e R$ 15.000,00 por danos estéticos.​

Esses valores refletem a análise individual de cada caso, considerando a extensão do dano, o impacto na vida do paciente e a conduta do profissional envolvido.

Erro no parto: quais indenizações a mãe e o bebê podem receber?

O erro médico durante o parto pode gerar graves consequências para a mãe e o bebê, como sequelas neurológicas, físicas ou até mesmo óbito.

Nessas situações, é possível buscar indenizações por danos morais, materiais e pensão vitalícia.

Os valores variam conforme a gravidade do caso e as provas apresentadas.​

  • O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou o Estado a pagar R$ 100 mil por danos morais a uma criança e R$ 50 mil à mãe, além de pensão vitalícia, devido a erro médico que resultou em sequelas neurológicas permanentes no bebê.​

  • O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve condenação ao Estado por erro em parto que causou paralisia cerebral em um recém-nascido, fixando indenização por danos morais em R$ 150 mil e pensão mensal vitalícia.

  • Em outro caso, o Superior Tribunal de Justiça analisou condenação de R$ 600 mil por danos materiais a hospital e médicos, em ação de indenização por erro médico durante parto que resultou na paraplegia de paciente.

Esses exemplos demonstram que, diante de erros médicos no parto, é fundamental buscar orientação jurídica especializada para avaliar o caso e garantir os direitos da mãe e do bebê.

Erro de diagnóstico: quando a falha dá direito a compensação?

​O erro de diagnóstico ocorre quando um profissional de saúde falha na identificação correta de uma doença, resultando em atrasos ou equívocos no tratamento.

Essa falha pode acarretar agravamento do quadro clínico, perda de chances de cura ou até mesmo óbito, configurando uma falha na prestação do serviço médico.​

Para que haja responsabilidade civil, é necessário comprovar que o erro decorreu de negligência, imperícia ou imprudência, e que houve um nexo causal entre a conduta do profissional e o dano sofrido pelo paciente.

O prontuário médico é uma das principais provas utilizadas nesses casos.​

Exemplos de jurisprudência demonstram que os tribunais têm reconhecido o direito à indenização por erro de diagnóstico:​

  • O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a condenação de profissionais de saúde ao pagamento de R$ 100.000,00 por danos morais a cada autor, devido à perda da chance de cura ou sobrevida do paciente, causada por erro de diagnóstico.​

  • O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o Estado a indenizar uma paciente em R$ 20.000,00 por danos morais, em razão de erro de diagnóstico que resultou em atraso no tratamento adequado.​

Esses casos evidenciam a importância de uma atuação diligente por parte dos profissionais de saúde e o direito dos pacientes à reparação quando há falhas no diagnóstico que comprometem sua saúde.

Erro na anestesia: quando a falha gera danos e indenização?

​O erro na anestesia ocorre quando há falhas na administração ou monitoramento anestésico, resultando em danos ao paciente.

Esses erros podem causar problemas como lesões neurológicas, paralisias ou até mesmo óbito.

Quando comprovada a falha na conduta do profissional, o paciente ou seus familiares têm o direito de buscar indenização na Justiça.

  • O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou um hospital a pagar indenização por danos morais e pensão vitalícia a um paciente que sofreu paraplegia devido a erro na aplicação de anestesia peridural. ​

  • O Superior Tribunal de Justiça decidiu que a responsabilidade por erro anestésico é exclusiva do anestesista, afastando a culpa do cirurgião-chefe quando não há subordinação direta entre os profissionais. ​

Esses casos demonstram que, diante de erros na anestesia, é fundamental buscar orientação jurídica especializada para avaliar o modo como o procedimento foi conduzido e garantir os direitos do paciente.

Erro em exames e laudos: quais são os direitos do paciente?

Erros em exames e laudos médicos podem comprometer seriamente o diagnóstico e o tratamento, colocando em risco a saúde do paciente.

Quando o erro decorre de falha técnica, omissão ou interpretação equivocada por parte dos profissionais, pode haver responsabilidade civil.

Pacientes que sofreram danos em razão desses equívocos têm o direito de buscar indenização na Justiça, principalmente quando há atraso no tratamento, agravamento do quadro clínico ou perda de chance de cura.

A prática médica exige atenção e precisão na elaboração e revisão de laudos.

Quando os riscos decorrentes de exames mal conduzidos se concretizam e causam prejuízos, o Judiciário reconhece o direito à reparação.

É essencial que o paciente guarde cópias dos laudos, resultados e encaminhamentos para fundamentar sua ação.

Encerrar um processo por erro médico com justiça exige informação, estratégia e apoio jurídico especializado.

Como vimos neste artigo, diferentes tipos de falhas — como erros em cirurgias, partos, diagnósticos, anestesias ou laudos — podem gerar graves consequências à saúde dos pacientes e resultar em indenizações significativas.

Identificar o erro, reunir as provas corretas, respeitar os prazos legais e compreender os direitos é essencial para quem busca reparação.

A Garrastazu Advogados conta com uma equipe especializada em direito médico, pronta para orientar pacientes com seriedade, clareza e foco na defesa dos seus direitos.

Dúvidas rápidas sobre erro médico e indenizações

Quando posso processar por erro médico?

Quando há dano causado por falha na conduta do profissional de saúde.

Quanto tempo tenho para entrar com a ação?

Geralmente, 5 anos a partir da ciência do dano.

Preciso de perícia?

Sim, a perícia médica é essencial em quase todos os casos.

Que tipos de dano posso ser indenizado?

Danos morais, materiais e estéticos, conforme o impacto sofrido.

O hospital também pode ser responsabilizado?

Sim, quando houver falha na estrutura, equipe ou prestação de serviço.

O que é considerado prova no processo?
Prontuários, exames, laudos, receitas e comunicações com os profissionais.

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